Regime de bens do casamento impacta a compra e venda de imóvel?

2025-06-02

5 MIN. DE LEITURA

O regime de bens do casamento estabelece regras que definem como os bens serão administrados e compartilhados entre os cônjuges — tanto os adquiridos antes quanto durante a união. 

Essa escolha pode influenciar diretamente transações importantes, como a compra e a venda de imóveis. Conhecer as particularidades de cada regime é essencial para tomar decisões conscientes e evitar problemas futuros. Confira os detalhes e entenda como o regime de bens impacta essas negociações.

O que é um regime de bens e para que serve?

O regime de bens é um conjunto de normas jurídicas que regula a administração e a divisão do patrimônio entre os cônjuges durante o casamento, bem como em casos de separação ou falecimento. 

Ele tem como objetivo trazer clareza e segurança jurídica, e assim, evitar conflitos patrimoniais. Sua escolha é feita no momento do casamento ou da união estável, e pode ser alterada posteriormente com aval judicial, caso haja concordância entre as partes.

Quais são os tipos de regimes de bens no casamento?

Os regimes de bens preveem diferentes formas de administração e partilha do patrimônio. Cada um tem características que devem ser consideradas com atenção.

Comunhão parcial de bens

Na comunhão parcial, os bens adquiridos após o casamento são considerados de ambos os cônjuges, independentemente de quem realizou a compra. Por outro lado, os bens obtidos antes da união permanecem como propriedade individual. Este é o regime padrão no Brasil, aplicado na ausência de um pacto antenupcial.

Comunhão universal de bens

Na comunhão universal, todos os bens do casal, sejam eles adquiridos antes ou depois do casamento, tornam-se comuns. Para adotar esse regime, é necessário formalizar um pacto antenupcial para assegurar que ambos concordem com a divisão total do patrimônio.

Separação total de bens

Sob o regime de separação total, cada cônjuge preserva a administração exclusiva dos bens adquiridos antes e durante o casamento. Essa modalidade pode ser escolhida por meio de pacto antenupcial ou ser imposta em casos previstos por lei, como em casamentos de pessoas com mais de 70 anos.

Participação final nos aquestos

A participação final nos aquestos funciona como um modelo híbrido. Durante o casamento, os bens são administrados separadamente. Contudo, no caso de separação ou falecimento, divide-se o patrimônio acumulado ao longo da união.

O regime de bens do casamento serve para união estável?

Sim, o regime de bens também se aplica à união estável. Caso os parceiros não formalizem um acordo específico, aplica-se automaticamente o regime de comunhão parcial de bens, conforme determinação legal. 

Entretanto, é possível optar por outro regime por meio de um contrato escrito, o que garante maior liberdade para definir as regras patrimoniais da relação.

Como o regime de bens do casamento influencia na compra e venda de imóveis?

O regime de bens escolhido reflete diretamente na forma como transações imobiliárias serão conduzidas. Dependendo das regras aplicáveis, pode ser necessária a anuência de ambos os cônjuges ou apenas de um deles.

Comunhão parcial de bens

Na comunhão parcial, imóveis adquiridos após o casamento pertencem ao casal, e qualquer transação exige a concordância de ambos. Imóveis adquiridos antes do casamento continuam sob a propriedade individual e podem ser negociados sem necessidade de autorização.

Comunhão universal de bens

Nesse regime, todos os bens são considerados do casal. Portanto, qualquer transação imobiliária precisa da anuência de ambos os cônjuges, independentemente de quando o bem foi adquirido.

Separação total de bens

Na separação total, cada cônjuge tem autonomia para negociar seus bens sem a necessidade de autorização do outro. Essa liberdade vale tanto para bens adquiridos antes quanto durante o casamento.

Participação final nos aquestos

Nesse regime, a administração dos bens é separada durante o casamento. Contudo, em caso de dissolução da união, os bens acumulados ao longo do período são divididos proporcionalmente, o que pode impactar a gestão patrimonial e as transações imobiliárias.

Como um advogado em direito imobiliário pode ajudar?

A assessoria jurídica é essencial para evitar problemas em transações imobiliárias, especialmente quando envolvem as regras do regime de bens do casamento. Cada regime traz especificidades que podem impactar a forma como os imóveis são adquiridos, vendidos ou administrados pelo casal. 

Com mais de 20 anos de experiência no setor, a equipe liderada por Donald Donadio Domingues oferece suporte completo em Direito Imobiliário. Além de reduzir riscos e otimizar custos, o escritório DD Advogados atua na gestão jurídica e patrimonial de clientes, e considera sempre as nuances legais do regime escolhido pelo casal.

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Resumindo

O que é um regime de bens e para que serve?

O regime de bens é o conjunto de normas jurídicas que regulamenta como o patrimônio do casal será administrado e dividido durante o casamento ou em caso de separação ou falecimento. 

Quais são os tipos de regime de bens no casamento?

Os regimes de bens no casamento são:

  • comunhão parcial de bens;
  • comunhão universal de bens;
  • separação total de bens;
  • participação final nos aquestos.

O regime de bens do casamento serve para união estável?

Sim, a união estável permite que o casal escolha um regime de bens. Caso não haja uma declaração formal, aplica-se automaticamente o regime de comunhão parcial de bens.

Créditos da imagem: Freepik

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