10 dicas primordiais que são o segredo da gestão de conflitos em condomínio

2021-12-23

7 MIN. DE LEITURA

Atualmente, cada vez mais pessoas buscam residir em condomínios. Fatores como segurança, estrutura e comodidades são decisivos, em especial nos grandes centros. Entretanto, para garantir uma boa convivência entre os moradores é necessário aprender a fazer uma boa gestão de conflitos.

Afinal, se pensarmos em um grande número de pessoas dividindo o mesmo espaço, é comum que interesses divergentes gerem impasses que podem resultar em problemas graves se não forem bem manejados.

Para ajudar você a manter a harmonia no seu condomínio, criamos este conteúdo com as melhores dicas de administração para resolver aqueles conflitos — com o mínimo de desgaste possível. Continue acompanhando o texto para saber o que fazer!

Entenda o que é a gestão de conflitos

Ao viver em sociedade, qualquer pessoa está sujeita a enfrentar problemas de convivência. Cada pessoa tem seus direitos e deveres, e em alguns momentos fica difícil de estabelecer esses limites. É exatamente nessas horas que os conflitos aparecem. Afinal, não é fácil entender onde termina o direito de um e começa o do outro indivíduo.

Nesse cenário, a gestão de conflitos pode ser conceituada como a habilidade de mediar e administrar situações em que uma ou mais pessoas se deparam com um impasse. Nesses casos, só existem duas situações possíveis: tentar encontrar uma solução aceitável para todos, ou transformar o conflito em algo sem controle.

Nos condomínios, o síndico costuma ser o responsável por esse papel — promover o bem-estar entre os moradores e manter um clima harmonioso. Além de melhorar o convívio, isso valoriza muito o condomínio.

Conheça alguns dos conflitos mais comuns

Quando o assunto é Direito Condominial e gestão de conflitos, há algumas situações recorrentes. Se você atua na gestão de um empreendimento desse tipo, entender quais são elas é muito importante a fim de que seja possível criar soluções antecipadas — como a criação de normas de conduta.

Continue acompanhando para conhecer alguns dos mais recorrentes.

Excesso de barulho

Quem mora em um condomínio provavelmente já passou pela situação de precisar dormir, trabalhar ou estudar e não conseguir em decorrência de um vizinho barulhento. O mesmo serve para passos, despertadores e outros ruídos incômodos.

Animais de estimação

Latidos, odores ruins e a circulação de animais nas áreas comuns dos condomínios estão entre as queixas mais comuns.

Vagas na garagem

A garagem também é outra fonte comum de conflitos. Situações como:

  • tamanho;
  • visitantes;
  • arranhões;
  • forma de estacionar;
  • quantidade de vagas;
  • posicionamento dos carros;
  • acúmulo de objetos nesses locais.

Atitudes e brincadeiras de crianças

Por mais que as crianças tenham direito de brincar e fazer barulho, suas atitudes costumam gerar conflitos que podem se tornar sérios. Além da algazarra e gritaria, também há casos de trotes e brincadeiras de mau gosto, como:

  • jogar objetos pela janela;
  • implicar com os vizinhos;
  • fazer mau uso da área comum.

Problemas hidráulicos e reformas nos apartamentos

Poucas coisas geram mais aborrecimentos do que reformas e problemas hidráulicos, e no caso de condôminos de apartamentos isso se intensifica. Afinal, quem sofre com o vazamento no cano do andar de cima é o vizinho de baixo.

Da mesma forma, dependendo do tamanho dos reparos, pode ser necessário fechar o registro e deixar outras unidades sem água por algum tempo. A situação sempre resulta em reclamações e estresse.

Tabagismo

Embora já exista legislação específica proibindo o tabagismo em locais fechados, isso ainda gera conflitos. Algumas pessoas fumam na janela do apartamento e exalam fumaça para o andar de cima, deixam restos de cigarros espalhados, ou praticam o fumo em áreas comuns, incomodando quem é alérgico ou não gosta do cheiro do cigarro.

Alta inadimplência

A inadimplência é um assunto delicado dentro do Direito Condominial. Afinal, a maior parte das pessoas só deixa de pagar o condomínio quando está passando por um momento difícil. Contudo, há muitas formas de solucionar essas e as demais questões sem agravar o problema. Entenda.

Confira 10 dicas primordiais para uma boa gestão de conflitos pelo síndico

Como você percebeu, o síndico tem um papel determinante na gestão de conflitos de condomínios. Afinal, cabe a ele realizar a administração do empreendimento e promover a harmonia e o equilíbrio entre os interesses e necessidades de todos os moradores.

Posto isso, cabe a essas pessoas direcionarem suas ações no sentido de praticar condutas que resultem em uma administração clara, transparente e objetiva como as que listamos a seguir.

1. Seja acessível

O primeiro passo para uma boa gestão de conflitos é a comunicação. A equipe de administração precisa ser acessível, demonstrar que se importa com o problema e promover esforços para solucioná-lo.

A dificuldade em contatar o síndico é uma das principais fontes de problemas, já que força as pessoas a tentarem resolver os conflitos sozinhas, o que muitas vezes acaba agravando a situação.

2. Seja imparcial

Toda situação tem dois lados e, na maioria das vezes, os dois têm sua parcela de razão! Aprender a ouvir todos os envolvidos com imparcialidade facilita a busca por soluções que sejam justas e satisfatórias para todos. Tratar todos os moradores com igualdade melhora sua credibilidade e ajuda a conquistar o respeito dos condôminos.

3. Tenha discernimento

O profissional que assume o papel de síndico precisa ter em mente que, no ato de sua posse, passa a ser o representante de um grupo de pessoas. Portanto, para evitar conflitos desnecessários, é importante deixar de lado as relações pessoais e evitar se envolver em assuntos ou situações que possam gerar polêmicas e fofocas.

4. Estabeleça normas de conduta

As normas e regulamentos são documentos que objetivam evitar e minimizar conflitos, além de estabelecer protocolos para solucioná-los. Por isso, é importante ter em mente as principais demandas do condomínio e criar um conjunto de regras que busquem regular as ações dos moradores de modo a evitá-lo.

Criar regras de conduta para animais, uso de vagas das garagens, estabelecer horários para a realização de obras e eventos são alguns exemplos de regras que podem reduzir conflitos entre os moradores.

Da mesma forma, caso o impasse aconteça, vai ser bem mais fácil encontrar a solução consultando o regulamento do condomínio.

5. Atue com transparência

Para que o conjunto normativo do condomínio funcione, é importante que os moradores tenham conhecimento dele. O síndico deve agir com transparência e conscientizar os condôminos sobre as regras.

Da mesma forma, o regulamento deve ficar acessível e disponível para consulta a qualquer momento. Se todos tiverem consciência de seus direitos e deveres, é muito mais simples administrar conflitos com rapidez e eficiência.

6. Mantenha uma postura amigável

É importante que o síndico busque estabelecer um bom relacionamento com todos os moradores. Obviamente, algumas pessoas terão mais proximidade do que outras. Contudo, prezar pela empatia e respeito vai facilitar muito sua atuação na gestão de conflitos.

7. Não tenha receio de pedir ajuda

Há alguns conflitos que podem fugir da competência do síndico. Nesse caso, também faz parte de uma administração diligente saber a hora de pedir ajuda. Buscar assessoria jurídica ou solicitar o parecer de um técnico muitas vezes é o suficiente para acalmar os ânimos.

Caso a situação fuja do controle, não tenha receio de chamar a polícia ou a equipe de segurança. Especialmente quando houver risco à integridade ou ao patrimônio do condomínio.

8. Documente suas ações

O registro de todas as ocorrências que acontecem no condomínio deve fazer parte do seu protocolo de condutas. Desde a reclamação até as ações tomadas para sua solução devem ser documentadas.

Isso gera segurança para todos os envolvidos e ainda permite que o próximo síndico ou demais profissionais envolvidos possam acessar o histórico dos eventos. Outra utilidade desse registro é analisar situações recorrentes e aprimorar os protocolos.

9. Treine sua equipe

É muito comum que a primeira pessoa a ter ciência do problema seja o porteiro ou zelador. Por isso, é importante que toda a equipe conheça o regulamento e saiba como agir no caso de conflitos.

Crie protocolos de ação, ainda que seja apenas anotar a reclamação no livro de registros e ligar para o síndico. Isso vai facilitar o processo e proporcionar segurança a todos os envolvidos.

10. Terceirize serviços

A terceirização de serviços pode ser uma solução interessante na gestão de conflitos. Ela reduz as obrigações do síndico e possibilita o oferecimento de serviços especializados e com mais qualidade.

Isso inclui desde tarefas mais básicas, como a higienização e manutenção, até outras complexas, como a elaboração dos regulamentos e contratação de funcionários. Com profissionais mais preparados, o nível de satisfação dos moradores aumenta e as reclamações diminuem.

Quem mora ou trabalha em um condomínio sabe que os problemas são inevitáveis. Afinal, sempre há impasses entre direitos e necessidades. Uma boa gestão de conflitos busca identificar e reduzir situações que possam se transformar em problemas e solucioná-los de maneira rápida e justa quando aparecerem.

Nesse caso, uma consultoria jurídica é muito útil para que você possa adotar as melhores medidas, resolver impasses e prestar assessoria para que o síndico mantenha sua posição de autoridade.


Quer saber mais sobre o assunto e acertar na gestão de conflitos no condomínio? Entre em contato conosco e tire suas dúvidas agora mesmo!

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