Seja para morar ou investir, ao comprar um imóvel, é muito importante ter no mínimo um conhecimento básico sobre a taxa de juros do financiamento imobiliário. Assim, você poderá comparar as opções e escolher a que for mais vantajosa para sua situação.
Neste artigo, explicaremos como as parcelas do financiamento são formadas, os principais tipos de taxas de juros e como descobrir qual deles é indicado em cada caso. Confira a seguir!
Entenda como são formadas as parcelas do financiamento imobiliário
O primeiro ponto a ser entendido, é que ao fazer um financiamento com um banco ou outra instituição financeira, você terá que pagar parcelas mensalmente, até que a dívida seja totalmente quitada.
Essas parcelas são formadas por duas partes distintas, sendo que uma delas é a amortização e a outra, os juros.
Na prática, ao fazer um financiamento, você está “alugando” dinheiro com o banco. Assim, a amortização é a parte do valor que você precisa devolver para quitar a dívida. Já os juros são o valor do “aluguel”, que deve ser pago por você utilizar o montante.
A taxa de juros para o financiamento imobiliário, varia de acordo com cada instituição financeira. Também existem situações em que ela é mais baixa, como em casos de programas subsidiados pelo governo. Exemplo disso é o “Minha Casa, Minha Vida”, promovido pelo Governo Federal.
Conheça os principais tipos de taxa de juros para financiamento imobiliário
Existem diferentes tipos de taxa de juros para financiamento imobiliário, que podem ser escolhidas, de acordo com o contrato que você fizer com a instituição financeira.
Entre os principais estão o Sistema Price, SAC e SFH. Na sequência, falaremos sobre eles!
Sistema Price
Esse sistema foi criado na França, no século XVIII, por Richard Price, e por isso leva esse nome. Ele é bastante procurado por quem faz financiamentos, uma vez que oferece uma parcela fixa durante todo o período dos pagamentos.
Na tabela do sistema Price, a parcela tem a amortização aumentada a cada mês, com os juros diminuindo. Vamos supor que a mensalidade fixa a ser paga é de R$ 1.000,00.
Em determinado mês, esse valor pode ser composto por R$ 400,00 de amortização e R$ 600,00 de juros.
Já no mês seguinte, o valor de amortização pode ser de R$ 350,00 e o de juros R$ R$650,00, por exemplo.
Na maioria dos casos, esse sistema não é tão vantajoso, pelo fato da amortização ser menor que os juros na formação da parcela fixa. Assim, até o final do financiamento, o valor a ser pago pode ser maior do que o imóvel realmente vale.
Sistema de Amortização Constante (SAC)
No SAC, o indivíduo que solicitou um financiamento, deve pagar um valor fixo de amortização, mais um preço de juros variável, que vai diminuindo de forma progressiva.
Esse sistema é vantajoso pelo fato do preço da parcela diminuir nos últimos meses ou anos do pagamento. Porém, inicialmente, é necessário ter condições de arcar com parcelas maiores.
Sistema Financeiro de Habitação (SFH)
O tipo de taxa de juros para financiamento imobiliário mais comum no Brasil é o SFH, tendo sido criado em 1964 pelo Governo Federal.
Esse sistema tem foco nas pessoas de baixa renda, sendo intermediado pela Caixa Econômica Federal e podendo utilizar recursos como o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e cadernetas de poupança.
O “Minha Casa, Minha Vida” criado em 2009, no governo Lula, também faz parte do SFH, seguindo todas essas diretrizes.
A cobrança de juros nesse sistema, é de no máximo, 12% ao ano. Além disso, o FGTS e outros recursos podem ser utilizados para amortizar a dívida, assim as parcelas tendem a ficar menor. O financiamento também é mais longo, podendo se estender em até 35 anos.
Porém, o valor do imóvel não pode passar de R$ 1,5 milhão de reais mil em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
Além do mais, somente 80% a 90% do valor do imóvel pode ser coberto pelo financiamento, o que se torna um problema caso você não tenha condições de dar entrada no pagamento.
Agora você deve estar se perguntando — qual desses sistemas é mais vantajoso para mim? A resposta depende de diversos fatores.
Se você não tem condições de arcar com parcelas altas no início por exemplo, o Price pode ser interessante, já em outras situações o SAC é melhor, bem como o SFH.
É importante que você tenha uma uma boa orientação jurídica e contábil, para fazer a escolha do tipo de taxa de juros de financiamento imobiliário mais adequado às suas necessidades.
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